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Os três porquinhos new
Era uma vez três porquinhos. Virgulino, Pontilhinio e Travessão.
Eles estavam tranquilos em casa, cantando alegremente, preparando o jantar.
¶ tem milho no meu quintal, meu quintal, meu quintal
e mandioca também tem, também tem, tabela tem" ¶
Foi quando o vento começou à intensamente soprar, a temperatura baixou e eles começaram à tremer, e ouviram um lobo, desesperadamente uivar, era um uivo tão sofrido que chegava à ferir o ouvido.
Então ouviram, alguém na porta bater, era uma batida desesperada, eles sentiam o medo crescer.
- Abram, abram, ouçam o que tenho à lhes falar, estou com frio e a barriga à roncar, preciso urgentemente jantar.
- Entre, seu lobo, cuscuz e tapioca vamos fazer, ter a sua companhia no jantar, será um prazer.
- Cuscuz e tapioca, que graça isso tem? Não tem uma carninha prá acompanhar também?
- Vixe seu Lobo, não seja indelicado, certamente, isso o senhor nunca comeu, e se já conhece não é da forma como faço o meu, tenho certeza que ao provar, seu buxinho vai ficar encantado.
¶ Eu vou, eu vou, cuscuz e tapioca fazer, bem temperadinho, para nós comer ¶
O vento começou à uivar mais forte, as velas se apagaram e Virgulino acendeu o lampião.
A janela começou a bater e logo logo abriu, floco de milho, por toda cozinha se espalha, começa à se desfazer a casinha de palha, ventania como essa por aqui nunca se viu, lampião de Virgulino apagou, Pontilhinio, para sua casa os convidou.
Foram todos abraçados, para o vento não os levar, pois o vento, cada vez mais forte estava à soprar.
Na casa de Pontilhinio era mais seguro, é uma casa muito maneira, telhado e parede são de madeira, à sua volta há um muro.
Assim que chegaram, acenderam a lenha do fogão, mas farinha pro cuscuz, não tinha mais não. Começaram à preparar a tapioca, para o recheio, pasta de minhoca.
Quando ficou pronto, começaram à comer, mas a casa toda começou â tremer, o telhado começou à voar e as paredes se desmanchar. Travessão então resolver, para sua casa os levar. Lá ficaram seguros, isso é certo, pois sua casa é de concreto.
Assim que chegaram ele foi até o armário, lá havia milho, mandioca e alho.
Tapioca e cuscuz, então fizeram e comeram tanto o quanto puderam.
O lobo então confessou que estava enganado e eles tinham razão, algo como isso não havia provado e tão gostoso assim, não havia não.
Assim termina essa nossa história, onde morte não há, nem mesmo da minhoca, pois a pasta com ela não foi feita, mas a minhoca é que criou a receita.
Pão pro gato
Crianças brincam inocentemente
🎶Atirei o pau no gato tô
Mais o gato tô
Não morreu rêu rêu
Dona Xica cá
Admirou-se se
Do berro do berro que o gato deu
Miiiiaaauuuu
Atirei o pau no gato tô
Mais o gato tô
Não morreu rêu rêu
Dona Xica cá
Admirou-se se
Do berro do berro que o gato deu
Miiiiaaauuuu🎶
Distante daí, mas nem tanto, ouve-se choro, soluço, um serzinho peludo, estremece de medo e tristeza, todo confuso.
Uma luz pequenina, que quase não se via, gira, dança, expande e surge dela uma Fadinha que dele se aproxima, toca sua cabecinha e pergunta:
- Porque choras amiguinho, conte para mim o que te faz sentir, tão triste assim?
- Porque querem as crianças, me causar tanto mal, o que fiz para elas me atirar este pau? Será que acreditam que não sinto dor? O que devo fazer para despertar o amor?
- Óh, doce bichano, eu compreendo tua dor, mas crianças são inocentes, para elas é uma ciranda, uma canção, que é espalhada de geração em geração.
- Mas cada vez que cantam mandam pro astral uma frequência que nos causa muito mal, pois muitos amiguinhos jogados nas ruas sofrem e vivem sozinhos, são agredidos sem razão, essa frequência é amplificada com a semente desta canção.
- Gratidão amiguinho por abrir a minha mente e ampliar a percepção, sobre este ponto de vista, eu não havia pensado não. Percebo agora, que não temos consciência de tudo o que fazemos, nunca observamos a semente, só o que colhemos.
Vou agora refletir e buscar uma solução, despertar uma cantiga com uma nova versão onde não haja sofrimento, prá nenhum serzinho não.
Este encontro não saia da cabeça da Fadinha, cada vez que ela lembrava de seu amiguinho, seu coração doía. Quantas cantigas foram ensinadas, de geração em geração, que nos remetem ao sofrimento e não temos noção de que sementes deste sentimento são espalhadas pelo vento cada vez que cantamos a canção?
Sei que o fazemos inocentemente, não temos consciência nem responsabilidade, mas à medida que nossa consciência se abre e refletimos nesta direção, podemos auxiliar a espalhar esta nova compreensão.
A Fadinha então, sentiu seu coração aquecer, foi tomada de tanto amor que nasceu uma alegria tão grande que parecia não caber no MultiVerso, então começou a cantar e dançar.
🎶atirei o pão pro gato tô
mas o gato tô
não comeu eu eu
D Xica cá
admirou-se se
o que foi o que foi que aconteceu?
é que o gato não tinha fome mê
era livre ê
prá brincá cá cá
ele vai comê ê ê
só na hora á
que a sua barriguinha
que a sua barriguinha roncá
miiiaaaau
atirei o pão pro gato tô
mas o gato tô
não comeu eu eu
D Xica cá
admirou-se se
o que foi o que foi que aconteceu?
é que o gato não tinha fome mê
era livre ê
prá brincá cá cá
ele vai comê ê ê
só na hora á
que a sua barriguinha
que a sua barriguinha roncá
miiiaaaau🎶
Vocês gostaram?
Vamos semear essa canção?
Espalhar por toda parte?
E a Fadinha então sentiu tanta alegria que se pós à dançar.
A garça E o Dragão
Era uma vez a garça Ciçinha que morava no arco-íris.
Ciçinha gostava de comer peixes e com seu longo bico, conseguia pescar no lago que ficava entre o sol e a chuva.
Assim, vivia feliz na perfeita medida entre os tempos no de calor e de frio.
Ciçinha tinha na natureza tudo o que precisava, até que um dia, ao descer para o lago, encontrou uma flauta e com ela se encantou.
Mas, o bico longo que pescava tão bem, não conseguia solfejar o instrumento delicado.
Em vãs tentativas se deixou ficar no lago, querendo a todo custo poder a flautinha tocar.
Sentindo a sua ausência, o Sol se escondeu por inteiro e a Terra começou a esfriar, a ponto da água no lago congelar. Ciçinha não conseguia mais pescar e nem tampouco a flauta tocar.
Com fome e frio, se perguntou:
E agora, como se salvaria?
Ela sentia que havia magia na flauta, capaz de derreter o gelo e trazer o sol de volta, mas era necessário a flauta tocar.
Lembrou que, certa vez, encontrou um cágado ancião, que todos chamavam de mestre, diziam que ele tinha conexão direta com o Grande Espírito.
Resolveu, então, procurar o cágado ancião, que é tão velho e sábio quanto o Universo, nem nome tinha então.
Mas ela estava fraca, não conseguiria voar, para encontrar o ancião.
Foi quando encontrou Lazlo o dragão, que ao vê-la tão fraca se aproximou.
- Olá, pequena ave, quem é você?
- Eu sou Ciçinha, a garça.
- Eu sou Lazlo o dragão, o que há com você? o que houve com esta Terra?
- Foi o Sol, ele partiu, acredito que é culpa minha, pois sempre lhe fazia companhia, mas um dia encontrei esta flauta e me esqueci de tudo, até de meus amigos, pois fiquei enfeitiçada por ela, mas não consigo tocá-la e sinto que que a magia dela pode trazer o equilíbrio de volta. Mas estou fraca e não consigo encontrar o Cágado Ancião que pode me ensinar a tocar a flauta.
- Ah, mas você não precisa encontrar o Cágado Ancião para isso, pois essa flauta é de Nhyin, o Gnomo do Arco-íris.
- Mas, como farei para encontrá-lo?
- Você esqueceu que mora no Arco-íris? Basta dizer o nome dele 3x e ele virá até você.
- Você acredita que ele me ensinará à tocar a flauta?
- Só saberemos se você o chamar.
- Está bem, vou tentar: Nhyin, Nhyin, Nhyin (ela chama sem nenhuma emoção)
Eles esperam e nada.
- Viu? Não funciona, é só uma lenda, gnomos não existem.
- Gnomos só não existem para quem não acredita neles. Você deve desejar, você deve querer muito e você deve acreditar na magia, só assim ele virá. Respire fundo, olhe para o seu coração, sinta o pulsar dele, e com ele, invoque Nhyin, o Gnomo do Arco-íris.
Assim ela fez. E toda insegurança, toda descrença foi sumindo. Então ela chamou novamente.
- Nhyin, Nhyin, Nhyin, eu te peço, venha a mim.
Neste momento uma névoa multicolorida surgiu e com ela, Nhyin, o Gnomo do Arco-íris.
- Oláaaa, quem me chamou?
- Fui eu, Ciçinha a garça. Eu encontrei essa flauta, fui enfeitiçada por ela e abandonei meus amigos, o Sol partiu e toda Terra congelou, mas não consigo tocar a flauta para a magia trazer o Sol de volta e o equilíbrio retornar.
- É que não é essa sua missão, só eu posso tocar essa flauta, mas, para a magia retornar, você deve abrir seu coração para a melodia, assim o amor será amplificado e aquecerá o coração de todos os seres, derretendo o gelo, o Sol retornará e o equilíbrio também.
Nhyin, então, começou a tocar. Ciçinha sentiu a carícia da melodia e começou a dançar, à cada movimento dela a temperatura se elevava, o gelo começava à derreter e, ao longe, via-se alguns raios de Sol, ela percebeu então, a magia acontecendo, e seu amigo Sol se aproximou sorrindo.
E assim, Ciçinha compreendeu a importância de sua conexão com seus amigos, o Sol e a Chuva, para que a natureza permanecesse em equilíbrio e beleza. Entendeu também que cada um tem o seu Dom. O seu Dom era manter esse equilíbrio bom e importante para a vida. O de Nhyin, o gnomo do arco-íris, era tocar os corações com sua flauta de encantada melodia, permitindo que a magia do amor aquecesse o planeta, trazendo luz, calor e harmonia.
A partir daquele dia, Ciçinha, a garça, chamava por Nhyin, o gnomo, sempre que queria dançar ao sabor de sua melodia.
by: Nhyin o Gnomo e Cecília Rogers
Um corpo habitado por muitos seres, Nhyin o Gnomo, Varno Nômade, Duende, SemeAmor, Sei Shin e GratidOMMM.
Um multiartista que surfa nas ondas da poesia, histórias, contos, fábulas e performances.
Escritor, ilustramor, animador, poeta, músico orgânico, performer, instrutor de meditação e canalização de energia cósmica, despertou os métodos Ki Mon Ka e Sei Shin Shin Shin Tyou Wa.
Autor de diversos livros idealizamor do Sarau Cósmico que deu origem ao MultiVerso do Gnomo.
O MultiVerso do Gnomo é um portal de Arte e Terapias Holísticas.